Eu era a loba feliz
Queria sair dali a correr
Gritar para o mundo:
Do meu corpo saiu outro corpo
Eu sou a terra e ele é a flor.
Precisava do meu ninho
Para construir o nosso amor.
Eras tão meu como qualquer um dos meus membros.
Hoje tu és eu, a minha vida.
O sentido que a vida antes tinha, perdi-o.
Nem me consigo lembrar do que era.
No dia em que nasceste,
Nasci eu também.
Olinda Pina Gil, publicado na revista Capitolina a 04/2021
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