Em frases que tal brutais, felinos aguçados punhais... as lágrimas em fio, depois de tanto filtro! Que razão tão forte, que mansidão fingida! Os lobos uivam ferozes, as crias têm fome de SER! Romper a alma, depois de cada adormecer, em cânticos silvestres de madrugar aplaudindo a hora do recomeçar! Romper a alma para o caos vomitar a calma...
2-Recuperar a inocência
Sibilam no ar os odores das papoilas libertinas, outrora singelas, cristalinas... Dentro de mim urge a paz, porque assim se faz, quando o tempo quarenta. Mera convenção? Expressão e rugas vestem as papoilas, que juntas, exalam o ópio das perguntas... Querem respostas! Embalo-as no colo da persistência, porque o tempo devolver-lhes-á a suave e saudosa inocência...
3-Donzela
Com violino e rabeca donzela me sinto, ao toar de Agosto quente, com a alma ardente, corpo decente.
Tesouro guardado.
Chave do cofre, escondida algures, perdida, sinal de nova vida!
Donzela nua de pés, adormece na sua tela!
Tesouro apetecido.
Saudades tuas serão manhãs cruas... donzela perdeu a sensualidade, pecado arremessado pelos senhores da Verdade! Prazo de validade...
Tesouro requisitado.
Tarde, fez-se noite, a donzela fechou-se... cadeado!
Saudades donzela do teu Amor quente, enfeitiçado!
Donzela liberou o passado... e dela ficou o beijo molhado.
biografia:
Sou um pássaro libertino, de plumas azul planeta...ecoo o canto do sol, morro nas asas de um co