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José  Rodrigues Valgode

José Rodrigues Valgode


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Biography
As Torres Gémeas


Onze de Setembro torres gémeas morte e leito
gigantes em l mudas estáticas
arrepiantes majestosas e preconceito
luzes de ribalta brilhantes enigmáticas

Ao meio dia é noite e o silêncio é morte
aviões comerciais são perigo
sobrevoam cidades-selvas densas estressadas
onde permeiam o medo e o ódio com porte altivo.

Catástrofe coragem nação mobilizada
testemunhas consolam gente enlutada
ao meio já é noite um gume de punhal
do Oriente ao Ocidente o ambiente é postiço
religiosos fanáticos gritam palavras grotescas
e mentes deturpadas clamam que o bom é mal

Mundo nojento preconceituoso e agitado
onde pouca paz existe e o bem é mal!

© José Valgode



Mundo de Terror


Amo-te mundo a Paz por ti perdida
na sombra dos séculos amortalhada
mundo de terror de Paz mutilada
jazendo por terra a Paz enegrecida.

Este mundo tão agitado de Paz adormecida
geme no intimo e a morte dá gargalhada
sepulcro aberto liberdade esfomeada
rosto de massas pagando com a vida.

Choras Mundo! Porque? Pela Paz ou queixa?
Tu o amor desprezaste colhes teu degredo
acorda mundo! A guerra e o terror deixa.

Do Oriente ao Ocidente de preconceito tentas
retomar a Paz desejada sólida como rochedo
não há Paz sem amor! Ódio cria tormentas

Amo-te mundo e a Paz por ti perdida!

© José Valgode

Poetas sem Fronteiras


Poetas sem fronteiras nem passaporte
por que a poesia não têm pátria nem morre,
mas morreu eu, se ficar sem escrever um só dia.
O poeta não morre, a sua poesia não deixa,
apenas nasce a queixa porque paraste de escrever?
Esta è a queixa que persiste depois de o poeta morrer!
No entanto reafirmo o poeta não morre.
Ary dos Santos poeta de comate disparate
palavrão de machão no escaparate
porém morrendo de ternura.
E o José Gomes Ferreira quando inventa uma roseira.
Verso por verso isso è muito verdade
diz o grande Eugénio de Andrade.
António Nobre fiado no seu destino
ao luar de prata dum fio de azeite
tinha medo de ser azedo, po isso ficou copo de leite.
Luis de Camões comia couve galega
e trazia os olhos rasos de água,
da sua amarga pátria portuguesa.
Frederico Garcia Lorca corpo andaluz de polícia á porta
chaga duma Espanha aberta em guerra.
Mário Cesary Vasconcelos nome que a choldra não grama.
Antero Quental a bramir seus versos
rosto estampado em sonhos adversos.
Também sou de bronze onde me vedes,
mais do que nunca poeta Cesário mas dos verdes.
Alberto Caeiro ou simplesmente Pessoa
ave de arribação que veio para ficar.
Retrato de Gomes Leal menino anarquista
minha trança da terra que è nossa.
Guerra Junqueiro as palavras são cascos,
guerras dos versos e palavras que escouceiam.
Camilo Castelo Branco outrora casanova
poeta fogueira de exibição partia corações
escreveu até á cegueira e amava com perdição.
Alves Redol uma espécie de forno de bigorna
em fusão, cantou cresceu e lutou consigo.
Manuel Alegre que lindo nome para um homem triste,
que lindo nome para um homem forte.
José Régio è maior do que Vila do Conde
espraiada que tem um filho em Portalegre.
António Botto era um efebo cavalo uma nereide
a linha do horizonte, és o outro és o outro.
Mas diz o Alexandre O´neill
que ás vezes lhe faltou um til.
O Manuel Maria Barbosa du Bocage
meu sacana dos versos meu grande vadio
fazes amigo muita falta no Nicola e no Rossio.
Natália Correia è ninfa nascida em São Miguel nos Açores
hierática cromática socrática de olhos deslumbrados.
E tantos outros poetas que o tempo não me chegaria
para falar sobre eles e a sua poesia.
O poeta nunca morre porque a sua poesia não deixa,
apenas fica a queixa, porque paraste de escrever?


José Valgode

Biografia
José Rodrigues Valgode, nasceu em Santa Cruz da Trapa [S. Pedro do Sul] em 30 de Agosto de 1947. Começou a escrever seus primeiros versos na escola primária e entre amigos. Com dezasseis anos foi trabalhar para Lisboa, onde conheceu muitos dos grandes poetas portugueses.




Em 1968 embarcou para Timor onde permaneceu até 1970, e foi aí durante quase três anos que escreveu muitos de seus poemas. Em Timor colaborou no Jornal “Província de Timor” e declamava Poesia entre seus camaradas de então. Colaborou em diversos jornais da época até hoje com sua Poesia e com artigos de Opinião. Alguns de seus poemas estão em vários jornais virtuais de poesia, como na sua própria página, intitulada “Tribuna Valgode” debaixo de www.valgode.de.

Reside na Alemanha desde o ano 1972. Publicou até ao dia de hoje dois Livros de Poesia e em breve ouviremos mais dele!

http://www.valgode.de/
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