MENDIGO
Numa esquina, num vão ou num banco,
andrajoso, suplica por um pão,
não importa, pode ser um tostão,
qualquer coisa, p'ra não ficar em branco.
À margem da vida, margem do amor,
seu rosto espelha as agruras passadas,
sulcos de histórias em tempos boladas,
máscara feita de vida e de dor.
Tristeza nos olhos, sem esperança.
invisível às gentes cuja pança
inchada de orgulho, raiva ou comida,
lá vai passando sem sequer olhar,
uma palavra, um carinho lhe dar,
sem mostrar amor por aquela vida.
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JURA DE AMOR
Sonhos que sonhei...
vidas que vivi...
amores que busquei...
e ó não me perdi
porque te encontrei.
Caminhos que segui...