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Alfredo  Dos Santos Mendes

Alfredo Dos Santos Mendes


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Biography
A SAUDADE

Hoje bateu em mim a vil saudade.
Se apresentou cruel, e por maldade,
fez desfilar pedaços do passado!
Me obrigou a rever casos antigos.
Me rodeou de todos os amigos,
que o passamento, já tem do seu lado!

Mostrou-me meus brinquedos de criança.
Resquícios dos meus sonhos, e a esperança,
que ficara esquecida, abandonada!
Arrogante mostrou, de modo rude,
a alegria da minha juventude,
passeando comigo, de mão dada!

Fez-me rever em fotos carcomidas.
E reviver nas imagens sumidas,
momentos de prazer, felicidade!
Fez ressoar eternas melodias.
Envolvidas em doces fantasias,
que arquitectei na minha mocidade!

Me revoltei, rasguei meus pensamentos.
Fechei a sete chaves os lamentos,
imbuídos de fria crueldade!
Quero apenas no peito conservar:
Amigos que jamais vou olvidar,
e sempre deles terei, muita saudade!

Lagos, 26/04/2006
Alfredo dos Santos Mendes


SIM À LIBERDADE

Eu sempre disse não à força bruta.
À palavra arrogante, sibilina.
À forma insidiosa, viperina,
para encobrir vilezas de uma luta!

Eu sempre disse não à força abrupta.
Aos actos praticados em surdina.
À maneira insensata, libertina,
que se julga, condena, se executa!

Eu sempre disse não à tirania.
Aos excessos de zelo, à vilania,
e sempre direi não à crueldade.

Eu sempre direi não à ditadura.
Eu direi sempre não à escravatura!
Mas sempre direi sim!!! À LIBERDADE!

Lagos. 03/03/2006
Alfredo dos Santos Mendes


O SONETO

Obriga a construção de um bom soneto,
Que a métrica se encontre em seu lugar.
Não insistir com verbos a rimar,
nem manter os advérbios em dueto!

Ao ler, sentir a tónica soar,
como fazendo parte de um libreto.
Poesia não é mero folheto,
que serve para um circo anunciar!

O soneto p'ra ser bem construído.
Tem de ser afinal constituído,
mantendo a sua forma, seu rigor!

Escrever no seu modo original.
As quadras, os tercetos, modo igual...
E os versos escrever com muito amor!

Lagos, 30/06/05
Alfredo dos Santos Mendes



biografia:

Alfredo Mendes

Natural da Cidade de Lisboa que o viu nascer em 1933, desde muito jovem se dedicou à leitura. Com tenra idade, e talvez em consequência dos seus hábitos de leitura, aonde predominava a poesia, ensaiou a composição das suas primeiras quadras, com as quais enfeitava os vasos de manjericos, que tradicionalmente, e quase como que por obrigação, tinha de estar presente no meio da minúscula folhagem verde, do célebre manjerico. [ O tema das quadras era, continua a ser, o namorico e as fogueiras ]
Tradição essa que ainda hoje se mantém, por ocasião das festas dos Santos Populares. Santo António, São Pedro e São João.
Ao longo de muitos anos foi escrevendo para a gaveta, como é habito dizer-se.
Só em 1998, começou a colaborar com alguns jornais locais, que regularmente editavam os seu poemas, e posteriormente a concorrer a Jogos Florais.
Em 1999, primeiro ano nessas andanças, conseguiu três menções honrosas. Neste momento, Maio de 2006, possui : 4 Primeiros Prémios. 3 Segundos Prémios. 1 Menção Especial. 21 Menções Honrosas. Repartidas pelas seguintes modalidades: Soneto, Glosa, Poesia Lírica, e Quadra.
Não tem nenhum livro editado, nem pensa fazê-lo dado os seus elevados custos.
Influências? Tenta colher um pouco de todos os poetas, porque, bem ou mal, todos têm um pouco de si para nos ensinar! Adora a poesia de António Aleixo. Um POETA quase analfabeto, que se dava ao luxo de escrever poesia, na sua grande maioria superior a alguns ilustres e letrados poetas!
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