Veronica Marzullo de Brito
Nationality: 128
Email: veronica.poemas@gmail.com
Nationality: 128
Email: veronica.poemas@gmail.com
Verônica Marzullo de Brito
Minibiografia:
Sou Verônica Marzullo de Brito, especialista em TI (administração de dados) e poeta.
Não sei dizer quando comecei a escrever poemas. Talvez, como todos nós: De vez em quando, desde a infância, nascem algumas linhas destinadas a nós mesmos. Entre 2000 e 2010, alguns dos anos dos quais passei fora do país, escrevi esporadicamente e cheguei a construir um blog, mas nunca levei à frente. Apenas em finais de 2015 a escrita passou a me dominar. O namoro com um escritor e o convívio com seus amigos do meio literário me incentivaram. Tirei da gaveta algumas poesias antigas, passei a escrever algumas novas e tomei coragem de publicá-las na internet. Recebi convites para participar em projetos poéticos, tais como “Casa dos Poetas e da Poesia” com o poema “Métrica?”; “Pé de Poesia – Poesias nas Árvores”, da Bahia, com o poema “Só se for a dois”; “Antologia Fénix, de Portugal, com os poemas “De como nascem as pedras”, “Paz não significa silêncio” e “Hiena”.
Penso em ter meu próprio livro, um dia. A poesia me agarrou de vez.
Atlântico
Então, me pedes um poema sobre o mar?
Penso em ondas, areias, barcos, sal e sol
Sem inspiração, tentarei elaborar
Misturando elementos na mente-crisol
Caminho pela orla das recordações
Acariciando águas: Frias ou quentes?
Areias: brancas ou douradas? Emoções
Transbordam pelo recipiente, inclementes
Esteja onde estiver, carrego para sempre
Saudades de algum mar que outrora já foi meu
Amores, sensações, alegria estridente
Guardo tudo no peito; nada se perdeu
Cada mar, cada país, cada continente
Vem com mais força ao cerrar os olhos em breu.
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Só se for a dois
Com as gavetas abertas
Gala de Dalí inquieta
Segredos desarrumados
Vontade de ser poeta
Lingerie negra rendada
Versos atacam a razão
Camisola perfumada
Lenço distraído ao chão
Compartimentos escuros
Fetiche bem natural
Dentes escrevem com sangue
Dali de Gala animal
Armário que desmorona
Prateleiras de cristal
Versos saem da redoma
Dali-Gala... surreal!
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Ectoplasma
Quando te vejo, congelo-me,
Saio de mim.
Calada, observo aos dois:
Tu e ela.
Ela,
Ectoplasma de meu ser.
Apóia-te quando te abres.
Só te esbarra sem querer.
Ouve teus casos picantes,
Ri-se até mais não poder.
Conta segredos passados,
Confessa uma antiga paixão,
Desfia uma história presente,
Pede tua opinião.
Tu
Afirmas ser só nosso amigo,
Até nos chamas de "mana".
Roças pelos, mãos e carnes,
Pões músicas sugestivas
A meio caminho da cama.
Deixa-nos loucas, na dúvida
Entre os olhos e o olhar;
A tentarmos equilíbrio
Entre o quarto e o bar.
Eu
Quero manter a amizade
Calo o que sinto - o real.
Por dentro, muita vontade;
Por fora, tudo normal.
Teu cheiro vem e me invade;
Engulo teus olhos com vinho,
Com shitake mordo os lábios,
Sorvo o gelado com carinho.
Toda vulcão bem contido,
Lava sob meu vestido.
Nós:
Insinuas algo a mais
A brincar de me querer.
No fundo, estamos iguais.
Ela segue a sorrir
E finge que não me vê.
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