Silencio
No hay atajo hasta las personas cerradas
No hay como llegar a los corazones sin puertas.
No hay brillo en los ojos cerrados.
No hay palabras en las bocas cerradas
No hay ventanas ni paisajes cuando el alma es cerrada.
Ninguna llave puede abrir lo que es cerrado.
El ciego cruza las calles para llegar a muchos ojos abiertos.
Ninguna llave podría abrir o cerrar un gesto
Nadie abre un alma que no vive la vida y el amor.
Hay gente que vive la enfermedad cerrada a su manera.
No hay manos que toquen sus sentimientos
Yo tenía pensada otra solución
Yo no se porque vivo abierto a todo
Yo no se porque quiero ser gaviota en tus playas
Yo no se porque no soy un velero en tus mares
Yo deseaba ser el sol de tus días
El viento en las montañas de tu imaginación
Yo deseaba ser tu cielo celeste sin nieblas
Yo quería ser estrellas en tus noches
Tus veranos, tus inviernos, otoños y flores
Yo deseaba ser las lluvias abiertas al mundo
El ángel que sigue amándote
Deseaba ser todo el universo en palabras y poemas
El mosaico de tus sueños y colores de tu vida
Yo deseaba ser algo sin nadie entre nosotros
Hoy me doy cuenta que estoy cerrado en esta locura
No se porque me toca el alma mirarte así, cerrada
Alma que me hace ser un colibrí alejado
Yo no se porque deseaba ser tantas y tantas tonterías
Yo no se porque de tantas cosas...
Yo se que nada se
Y hoy existe algo que me contesta
Algo cerrado que me llega mas cerrado todavía
¿El silencio es una respuesta tuya?
[Diciembre 2005]
ANJOS MEUS
Da janela entre aberta vi as luzes
Brincando com a noite silenciosa
Como que bordando de prata a madrugada
E tecendo um rastro feliz, em algazarras
Meu quintal estava em festa
E num papel qualquer que encontrei
Pintei um verso colorido de ternura
Retratando a feição de cada criatura
Eram crianças, sorridentes, distraídas
Vestiam branco, cor de lua enfeitiçada
Piscando luzes, dançando nas folhagens
Mesclando sonhos e o real da paisagem
Vaguei solúvel no ar de mil certezas
Entre elementais e guardiões da natureza
Fui até eles, abraçar um sonho raro
Entrar na história de anjos bons que conheci
Adormeci entre todos, protegido!
Envolto de bondade serena e singular
E no sonho fiz da paz um renascer
Do amor que sempre vou lembrar
ESCREVE TEU LIVRO
É tua história, teu conto, teu tempo... É tua vida!
São linhas e linhas escritas incessantemente,
com direito a todas as correções,
permitidos todos erros involuntários,
garantidos os direitos autorais,
sem que o registro seja fundamental,
porque teu livro é exclusivamente autorado por você.
Lembra sempre:
É você quem escreve o poema, os versos, o texto.
É você a estrela principal, o motivo do enredo.
Você escolheu e aceitou estar passando por aqui
e os coadjuvantes, teus irmãos, são destinados a tal,
fazem parte do espetáculo da vida,
porque também escrevem sobre as suas,
das quais você faz parte.
Não esquece teu papel, teus detalhes,
tua importância vital.
Teu livro vai te credenciar a um lugar melhor,
quem sabe na academia dos aprendizes em evolução,
entre as 'letras' deixadas no palco existencial,
escritas por você, como exemplos e conselhos bons...
Escreve tudo sobre as verdades e não das fantasias,
da compreensão e não da indiferença,
do amor e não do ódio,
da fé e da esperança, nunca das tristezas e derrotas!
A liberdade é toda tua!
Portanto, respira o ar das decisões,
estenda tuas mãos, abre teus braços, acolhe, recebe,
ampara, entrega e faz da tua redação a grande diferença,
o melhor poema a ser lido por alguém
quando tua ausência for física e material.
Decifra o respeito, a solidariedade,
a fé, a caridade, o amor incondicional,
a bondade infinita, a simplicidade e o todo da vida...
O mestre, criador, emprestou a capa e escreveu o prefácio...
O restante, você dirá como foi
e teu espírito verá o resplandecer da luz!
LIBERDADE
Pensamentos misturam-se ao vento
Onde estrelas entoam sinfonias
Faço dormir no infinito tuas verdades
E sigo transbordando em raros versos
Olhando o vulto sombrio de tua existência
Deixo meu cansaço nos braços da noite
Até que minhas mãos desnudem tua alma
Concedo-me a ternura desse enlace
Sob o céu que me abriga da escuridão
Rendo-me em teu colo embriagado de prazer
Na certeza de que um dia além do tempo
Fragmentos da paixão que não floriu
Vão despertar sob a luz do renascer
Carinhos que envolveram tantas buscas
Verdades planejadas de um querer
Fadas de outrora serão pétalas do hoje
Vindo das grutas do amor a germinar
Coragem de vencer abismos temporais
Ensolarar cada momento entre nós dois
Na liberdade de seguir por onde for
Pensamentos haverão de clarear
Sem murmúrios solitários de aflição
No campo verde de esperança, um caminhar
De dois apaixonados que souberam esperar
O amanhecer na sepultura das ausências...
biografia:
Economista, pós graduado em Marketing, profissional liberal, consultor na área de Construção Civil.
Vive na cidade do Rio de Janeiro.
Textos e crônicas publicados no Jornal da Tarde, Jornal Sul de Minas e Estado de São Paulo.
Não tem livros publicados e não se considera poeta por acreditar que escreve sobre vida, sempre enfatizando a auto ajuda.