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Vanderley  Caixe

Vanderley Caixe


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Biography
Canto no desencanto por um mundo novo.

No encanto do meu desencanto
Desfaço e desabrocho, revelando,
No interior de todo esse canto,
-um grito surdo-,
alimentando o meu eterno
acalanto.

Invocarei mais! Muito mais decepções,
Na ordem invertida das razões,
de desfaçatez e desabonada desesperança.
Lá no fundo, quando não restar mais nada,
E, encontrar-me em quase nada,
Hei de descortinar de tudo,
-um ovo novo-,
como um espírito de criança.

Farei projetos novos,
de novos projetos,
Alimentarei novas certezas.
Com certeza!
Construirei novos castelos.
Alçarei vôos mais altos e incertos e,
Começarei tudo de novo!

No fundo do meu desencanto
Desabrocharei um novo canto,
cantarei para um mundo novo
sob as cinzas do teu fenecer.

É preciso sempre!

É preciso sempre,
Fazer da vida uma decisão,
Uma pura referência,
Uma tomada de posição.

É preciso sempre,
Ter $3>$3>$3>$3>$3>$3>$3> e convicção,
Pode até ser flexível no caminho,
Mas garantir até o fim essa paixão.

É preciso sempre,
Caminhar os passos, como em procissão,
Firmes, seguros, mesmo em contramão,
Para chegar ao “lugar”, com os pés no chão.

É preciso sempre,
Enxergar no humano, a identidade do irmão,
Segurar firme no caminhar,
Estendendo sempre e pegando firme a sua mão.

É preciso sempre,
Agir como o “CHE”,
“hay que endurecerse,
sin, pero no perder la ternura jamás”

É preciso sempre.

[4/11/2004]

Meu canto de poeta.

poeta que canta,
me encanta,
me espanta.
Fala de flores,
dores, amores,
cores,
Descobre o sentimento,
revela lamento,
faz de tudo um tempo.
Faz presente,
faz passado,
embota o atrasado.

Mas o canto é mais que isso,
é o verso do universo,
das gentes alegres e sofridas,
dos trapos desta vida,
Das angústias e da cobiça,
dos bandidos adversos,
penetrando em nossos versos,
rasgando a carne humana,
com bombas de Hiroxima,
do trovão de Nagasaki.
Do urânio empobrecido,
sobre seres humanos,
em crianças,velhos, mulheres,
enfim, em gente como a gente,
gente diferente.

É o lucro perverso buscando pelo
universo.
E, eu de um gesto,
faço aqui,
paralisado em lirismo,
faço meus versos.

biografia:

Nasceu em Ribeirão Preto, Estado de São Paulo.
É advogado, jornalista e possui pretensões à poeta.
Foi preso político, por sua luta contra a ditadura militar. Foi no cárcere que ensaiou seus primeiros poemas, publicados somente trinta anos depois por iniciativa dos seus companheiros advogados da OAB do Brasil e do Rotary Clube ['19 Poemas da Prisão e Um Canto da Terra'] Participou de outras Antologias: [Antologia: '@teneu Poesia@'] e [Antologia: 'Roda Mundo Roda-Gigante'].
Foi jornalista na Tribuna da Imprensa do RJ; coordenador jurídico da pastoral penal do Rio de Janeiro; Assessor jurídico no Escritório do professor Sobral Pinto; Criador, junto com D. José Maria Pires - Arcebispo da Paraíba - do primeiro Centro de Defesa dos Direitos Humanos do Brasil [ainda na época da ditadura militar]; coordenou por vinte anos o Centro de Defesa dos Direitos Humanos/AEP; ex-secretário geral da Associação Nacional de Advogados de Trabalhadores Rurais; 'expert' para a América Latina do Instituto Interamericano dos Direitos Humanos; possui centenas de artigos publicados na imprensa brasileira e internacional.
Atualmente é advogado de presos políticos da América Latina, com atuação junto a Corte Interamericana e da Comissão de Direitos Humanos da ONU.
Assessora o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, nas questões jurídicas.

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