Mãe Terra Terra nua e devastada
Terra seca
Quase morta
E a alma desta Terra,
Aonde está?
Deve habitar, vagando,
Em nossa consciência estéril,
Tórrida,
Talvez morta
Mais que a própria Terra-Mãe,
À que está fazendo fenecer
Com excesso de desprezo,
Mas, quão vil nossa própria razão,
Na fatalidade de uma indiferença gradual
Vilipendia o chão em que pisamos
Porém, dize-me agora, amado espaço,
Aonde estás?
Oh cruel dever de resposta:
Cá embaixo,
Sob os pés da anti-humana
Tresloucada e ensandecida gana
Que se pensa não ser tão insana
Ofídico fel da insensatez de uma espécie
A tal, que se diz humana,
E se contradiz antes do futuro chegar,
Marcada com cruz de fogo
Pela desdita, quase maldita,
Da sina de crescer
Sem ser racional
Ah, Mãe Terra,
Tu que estertoras
Sob o fardo da matéria “idolatrada”
Fundamentalmente anti-humano,
Volta a viver
Renasça
Mesmo que regada pelas amargas lágrimas
Que os miseráveis necessitam deplorar,
Pelos que morrem injustamente,
Infeliz coincidência,
Não os mesmos que te agridem
Despovoam
Matam
Volta, oh Terra, recupera-te,
Antes que muitos, a um só tempo,
E também nós,
Desapareçamos!
Capivari, 05/10/2005 – José Roberto AbibVersos de mimVersejo com a alma
Refletindo meu ser
Neste jeito simples de amar
E amante, amando vou,
Em direção ao futuro
Que ainda mal conheço,
Mas por si, por seu preço,
Nem sei se já o mereço
Contudo, sinto que ainda
Resta em meus dias
O descortinar da esperança
Que me torna fecunda a mente
Transforma-se na alavanca
Que para o futuro avança
Em tais condições e mesmo
No desencontro das emoções
De quem ainda não pôde
Dar-se tanto tempo para amar,
E exultando, sonhar,
Mas ainda bem, ainda assim,
Amando vou
Certamente, ao encontro do céu......
Capivari, 08/12/2005 – José Roberto AbibÀ Maria, por amorHosana, vivas à Maria e Mãe do Senhor.
Plenificada na luz da graça.
O Pai, que a Vós veio, em Vós está.
Louvemos Vossa suprema humildade,
que Vos encorajando,
fez bendita entre as mulheres.
Frutificada e sacralizada em Jesus.
Maria tornada santa pelo dom da maternidade.
Deste-nos a pessoa do Salvador.
Intercedei por nossa imperfeição,
lavando-nos das impurezas do pecado.
Desde todos os tempos, à eternidade.
Quando, no definitivo dos últimos momentos,
mas perdoados,
felizes e junto de Cristo,
Vos amaremos na plenitude gloriosa da presença viva.
Amém!
Capivari, 06 de março de 2004Biografia:
José Roberto AbibNasci em Campinas, vivo em Capivari desde então, onde cheguei também a me formar em Administração de Empresas.
Gosto desta pequena e simples cidade interiorana, onde, desde cedo aprendi a apreciar e amar a natureza.
Colaboro com um dos jornais daqui há 27 anos, antes o fazia com crônicas religiosas, hoje o faço com a expansão de meus sentimentos poetizados.
Católico de nascimento, faço parte da Pastoral da Leitores da Paróquia de São João Batista.
Sou descendente de italianos e libaneses.
Gosto de conhecer novos lugares, novas pessoas, aprender, e, mais ainda, de ensinar.
Aprecio e valorizo a cultura, tenho interesse por idiomas.
Já consegui incluir o meu trabalho em oito sites da Internet, sendo o primeiro deles, o da nossa amiga Lígia Tomarchio, a quem carinhosamente gosto de chamar de minha primeira madrinha eletrônica.
Há bem pouco tempo participo de concursos de poesias, em um dos quais, CNEC - Capivari/2003, foi o segundo colocado.
Trabalho para o Governo do Estado de Sâo Paulo, integrando a Secretaria da Fazenda, com minha lotação funcional atual na Delegacia Regional Tributária de Campinas.
E agora, integrado à vossa comunidade, espero de fato estar à altura de suas melhores expectativas, desenvolvendo ao máximo todo o meu potencial poético-sentimental.
jrabib@dglnet.com.br