APOCALIPSEE no fim
que ao poeta seja permitido
olhar
o sol despedaçado a chorar
seu fogo disperso,
A terra morrer de saudades
de amor,
a lua a fugir gritando
de solidão,
as estrelas espantadas
com tanta dor
da imensa explosão vermelha.
Que ao poeta seja permitido
sorver até ao fim
toda a dor
toda a dor
que ao poeta seja permitido
assistir ao fim
para cantar
não chorar, mas cantar
toda a confusão
do universo em convulsão.
Que ao poeta seja permitido
ser o último
a morrer
num sorriso
de desilusão
***
APOCALIPSISY en el final
que al poeta le sea permitido
contemplar
el sol despedazado llorando
su fuego disperso,
la tierra muriendo por nostalgias
de amor,
la luna huyendo gritando
de soledad,
las estrellas espantadas
con tanto dolor
por la inmensa roja explosión.
Que al poeta le sea permitido
absorber hasta el final
todo el dolor
todo el dolor.
Que al poeta le sea permitido
Mirar el fin
para cantar
no llorar, y sí cantar
toda la confusión
del universo en convulsión.
Que al poeta le sea permitido
ser el último
que muera
con una sonrisa
de desilusión.
DIGOAquém do meu ser total,
Que não sei dizê-lo todo,
Apenas
Sei e sinto
Que não sei dizer tudo,
Nem quanto.
É que há algo imerso
Dentro de quem sou
Que conheço e desconheço
Porque me transcende o entendimento.
Só sei dizer o imenso
Mais do que eu
Que me avassala,
Que não de todo se solta,
Que não vejo mas me inquieta,
Que é muito maior do que eu.
Como se eu fosse rede
E uma ave enorme
Dentro de mim se debatesse
E me rasgasse
Sem contudo conseguir soltar-se,
Para que um dia alguém me
Encontre!
***
DIGOA quien le doy mi ser total,
Que no sé decirlo todo,
Apenas
Sé y siento
Que no sé decirlo todo,
Ni cuánto.
Es que hay algo inmerso
Dentro de quien soy
Que conozco y desconozco
Porque trasciende mi razón.
Sólo se decir lo inmenso,
más que lo mío,
que me avasalla,
que no del todo se libera,
que no veo mas me inquieta,
que es mucho más grande que yo.
Como si fuese yo una red
y un ave enorme
Dentro de mí se debatiese
Y me rasgase
sin poder del todo soltarse,
para que un día alguien me
encuentre!
[Versión libre en español: Alberto Peyrano]
***
Enfim Poeta e MulherEspero merecer morrer
num dia de intenso sol
sem ninguém se aperceber
que a minha alma se vai
presa num dos tantos raios
que ligam a terra e o céu
e que alfim me guiarão
para um espaço além dor
para um lugar só de amor
onde poderei ousar
ser poeta e mulher
sem ninguém me estranhar
num lugar onde não cabem
arrogância e poder
ao resto de mim que ficar
não importa o acontecer
não será meu sequer
será resto a fecundar
o chão donde há-de nascer
nova vida a luzir
o eu que sou há-de estar
num cosmos a acordar
sem ninguém me censurar
o ser poeta e mulher!
Al Fin Poeta y MujerEspero merecer morir
un día de intenso sol
sin que nadie se dé cuenta
que mi alma ya se va
abrazada de algún rayo
que liga la tierra al cielo
y que al final me guiará
muy distante del dolor
hacia el reino del amor
donde al fin me atreveré
a ser poeta y mujer
sin que ninguno me extrañe
un lugar donde no caben
ni arrogancia ni poder
y a lo que de mí va a quedar
no importa lo que suceda
pues eso no seré yo
será un resto que fecunda
el suelo para dar más
nueva vida y nueva luz
lo que yo soy ha de estar
en el cosmos despertando
sin que nadie me censure
si soy poeta y mujer!
in
'Filhos do Universo' - Edição bilingue
Autora: Maria Petronilho; trad.para espanhol Alberto Peyrano
Agosto,2005biografia: Nasci no coração de Lisboa em Junho de 1952.
Não me lembro de como aprendi a ler e a escrever, como não me lembro de como aprendi as coisas primeiras e primárias sem as quais a vida não seria possível.
Tento transmitir a grandeza das pequenas coisas versus a pequenez das aparentes grandes coisas, que não grandes causas.
Destas premissas e da observação do que me rodeia, nasce a minha escrita. Diária. Essencial como o ar que respiro.
Dedico-me exclusivamente à Literatura, principalmente na Internet,
participando em numerosos sites de literatura e HP de amigos.
Sou membro efetivo da Academia Virtual Brasileira de Letras.
A minha obra literária está registada no www.igac.pt
Obras Físicas Publicadas
Participação em várias antologias POESIS, Editora Minerva, Lisboa
Colectânea DA INCERTEZA [poesia a catorze], Editora Minerva, Lisboa
Altologia TEMPO DE POESIA, Editora Novas Letras, S. Paulo, Brasil
Antologia PALAVRAS DE SAFO, Editora Novas Letras, S. Paulo, Brasil
Antologia A ÁRVORE DA VIDA [por 5ª classificação em concurso, dentre 1351
trabalhos de 11 países], Editora Arnaldo Giraldo,S. Paulo, Brasil
Anlologia PALAVRAS AZUIS [II], [ Sindicato de Escritores de Blumenau] Brasil,
Antologia POESIA SÓ POESIA, Editora Novas Letras, S. Paulo, Brasil
Antologia Tertúlia na Era de Aquárius [Grupo Luna e Amigos] Editora Espaço do Autor, Santos, SP Brasil
1ª Antologia Poética [Edição Histórica]da Academia Virtual Brasileira de Letras Editora AVBL, Baururu, Brasil
Antologia 'Agreste Utopia' [Por 3ª classificação dentre 1700 trabalhos de 12 países] - Editora Arnaldo Giraldo, S. Paulo, Brasil
Antologia 'Roda Mundo' 2005, 43 autores - organizador Douglas Lara, Ottoni Editora, Itu. Brasil
Antologia de Escritores e Poetas - 'uniVersos' - organizada por Vanderli de Medeiros, Gráfica e Editora Ivan, Barra do Garças, Brasil
e.books
participação em várias antologias e colectâneas virtuais, de poesia e de
prosa.
O CLARO INTERIOR
DA ALMA QUE CANTA
http://www.portalcen.org/bv/petronilho/petronilho.html
MARIA PETRONILHO DE A a Z
www.notivaga.com
SONHO QUE NOS LEVA
O SOL QUE VENHA
MÍSERAS_MÃOS
Autoras: Maria Petronilho e Maria Thereza Neves
AO TEMPO E AO VENTO 20 contos de Maria Petronilho
http://www.mariapetronilho.ebooknet.com.br
FILHOS DO UNIVERSO - Edição Bilingue
Tradução para espanhol por Alberto Peyrano, Buenos Aires, Argentina
Editado por HM Ebooks
Blogs ASA DE MAR [poesia]
http://blogmaria.blogspot.com/
VOU-TE CONTAR [prosa]
http://vou-tecontar.blogspot.com
Sites Pessoais http://www.mariapetronilho.com http://www.mariapetronilho.avbl.com.br