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Raimundo Nonato da Silva
Nacionalidad:
Brasil
E-mail:
Biografia
Um mundo desconhecido
Autor poeta
Raimundo Nonato da Silva


Tava dormindo e sonhei
Com um lugar que não conheço
Era um lugar deferente
Sem fim sem meio nem começo
Cidade desconhecida
De casas sem endereço

Só Deus sabe e eu conheço
Porque avistei em sonho
Não é um conto de fada
Apesar de ser risonho
Mas, o lugar é do jeito.
Conforme aqui eu componho

Esta cidade do sonho
Não achei ornamentada
Cada pedra era uma casa
E servia de morada
A pedra era bem molinha
Lá de duro não vi nada

No sul no norte que nada
Não estar em nem um pólo
Nem no céu e nem no ar
Nem na água nem no solo
Nem no alto nem embaixo
Nem também no subsolo

Não há nenhum ser de colo
Neste lugar diferente
Parte intima ficam atrás
A nádega fica na frente
E a cabeça é de banda
Ninguém parece com gente

A boca de cada vivente
Parece um cacimbão cheio
Cada língua dar dois metros
Cada dente é metro e meio
Ô povo triste é aquele
Ô meu Deus que povo feio

Não tem nada de beleza
Eita lugar esquisito
Sem cor sem comer sem água
Não tem silencio nem grito
Doce insosso nem salgado
Não vi nada de bonito

Neste lugar esquisito
Pode crer eu lhe garanto
Se hoje ele estiver aqui
Amanhã ta noutro conto
Não tem menos nem tem mais
Tudo é de um só tanto

O olho de cada um
É uma fogueira acesa
Não tem cama nem tem rede
Não tem cadeira nem mesa
No lugar não tem nem terra
Lá eu vi muita tristeza

Não tem diabo nem tem santo
Nem o bem e nem o mal
E quando não sobe desce
Sempre muda de local
Sem andar e sem voar
E sem ser espacial

Não tem dor nem hospital
Nem doutor e nem remédio
Ninguém sente amor nem casa
Nem rói nem tem dor de tédio
O buraco do nariz
De cada um é um prédio

Ninguém vai por intermédio
Nem dela nem também dele
Ele diz que gosta dela
Ela diz que gosta dele
Meu Deus que terra é aquela
Que povo feio é aquele

Lá eu os vi ela e ele
Os dois numa só função
Ele era o presidente
Daquela triste nação
E ela a primeira dama
Deste país de ilusão

Meu deus que triste nação
Ô país ruim da peste
Sem distrito federal
Sem capital sem nordeste
Sem estado e município
Sem sertão e sem agreste

Não tem leste nem oeste
Prefeito é sem prefeitura
Governo não tem palácio
Político não tem mistura
Lá é tudo igualitário
Não vi ninguém com frescura

Falei a verdade pura
Acredite seu João
Que lá carro anda sem roda
Sem macha e sem direção
Sem freio e sem gasolina
Sem ser no ar nem no chão

Ninguém usa arma na mão
Diz que guerra é sem futuro
Lá ninguém toma emprestado
Não tem agiota e juro
Ninguém vê um fruto verde
Mas, também não tem maduro.

Não tem claro nem escuro
Eu nem gosto de pensar
Não tem rio nem açude
Terra montanha nem mar
Não sei como aquele povo
Mora naquele lugar

Árvore e pássaro não eu vi lá
Lá não tem vegetação
Nem jornal e nem revista
Radio nem televisão
Este país só parece
Com minha imaginação

Tem outra lua e outro só
Pode acreditar que tem
Deus participou do sonho
Que eu participei também
Nem a de do sonho
Eu não falei pra alguém

Eu ainda vi também
Um monstro forte e graúdo
No lugar das pernas os braços
Ô gigante cabeludo
Lá eu só não vi aluna
Professor e nem estudo

Foi o país mais graúdo
Que em sonho pude ver
Eu sonhei, mas é um sonho.
Que eu queria esquecer
Outro sonho ruim daquele
Nunca mais eu quero ter

Só em pensar em dizer
Veja só causa atropelo
Cada animal diferente
Com cada tipo de pêlo
Só em vê me arrepiou
Cada fio de cabelo

Ô meu Deus que desmantelo
Eita lugar diferente
Este país é tão feio
Tem cada tipo de gente
Nunca mais eu quero vê
Aquele mundo na frente

Têm cientistas inteligentes
Que diz que são entendidos
Que sabe um pouco dos astros
E pensam que são sabidos
Mas, não descobrem que Deus.
Tem países escondidos

Em busca de outros sentidos
Eu vi nesta terra infinda
Que apesar de não ser
Uma nação ótima e linda
Mas, tem remédio pra AIDS.
E o Brasil não tem ainda

Não é uma terra linda
Mas, quem vive lá tem chance.
De não ser vitima da AIDS
E de não morrer de câncer
Não tem tiro de canhão
E nem tem míssil de lance

O homem não tem alcance
Sabe Deus e o meu eu
Talvez ninguém nunca sonhe
Um sonho como este meu
Este sonho é um presente
Que pai do céu me deu

Se alguém sonhou esqueceu
Não teve conhecimento
Pois se tivesse podia
Ter morrido no momento
Muito embora esta cidade
Está no meu pensamento

Foi grande acontecimento
Outro talvez não aconteça
Um quer vê e se lembrar
Outro pede que eu esqueça
Só sei que é coisa de mais
Para uma só cabeça

Em neste país existe
Coisa errada e coisa exata
Menino com voz de homem
Cachorro com voz de gata
Num sonho eu também pensei
Que eu era um vira lata

De vestido eu vi barata
De paletó percevejo
Calça com mais de cem pernas
Feita para caranguejo
Uma cobra engoliu outra
Só quando foi dar um beijo

Eu mais nunca em sonho vejo
Este lugar de magia
Aonde o homem engravida
E burra também da cria
Mas, antes deu descobrir.
Deus de tudo já sabia

Não é lugar de magia
Mas, tem acontecimento.
Em cada canto a surpresa
Pega a gente no momento
Um ser com cara de gente
E o corpo de jumento

O jumento é o transporte
Lá daquela região
Pernas e braços os pneus
As orelhas a direção
Os olhos são os faróis
O freio é o rabo que nós
Paramos com puxão

Sim antes que eu esqueça
Neste meu sonho sonhado
Em vulto eu ainda vi
Doze paises de lado
Quando eu fui vê o que era
Na hora fui acordado

Este tal lugar falado
Lá não tem homens ateus
Não tem diabo nem tem santo
Escribas nem fariseus
Não tem o bem nem o mal
Também foi feito por Deus

O Poeta
Autor Raimundo Nonato da Silva

Sou simples, mas sou poeta.
Por isso agradeço a Deus
Porque através do verso
Canto os sentimentos meus
Mas quem não nasceu poeta
Não pode cantar os seus

Eu canto os meus e os seus
Seja alegria ou tristeza
Sou um poeta plebeu
Convivo com a pobreza
Mas a minha poesia
Eu não troco por riqueza

Já pensou se na pobreza
Que eu vivo todo ano
Se eu não fosse repentista
Pra cantar meu desengano
Eu não sentia alegria
E era um homem sem plano

Eu paquero com a rima
Namoro com a cantoria
Sou noivo com a viola
Casado com a poesia
E junto com a inspiração
Tenho tudo que queria

Sou um amigo do verso
Companheiro do repente
Colega do improviso
Que chega na minha mente
Fã da musa inspiradora
Que me faz ser sorridente

Deus me deu eu acho bom
Esse dom como uma oferta
É uma dádiva tão boa
Que eu fiz a descoberta
Que eu só devo usar ele
Quando for à hora certa

Gosto tanto da viola
E do seu bonito som
Se Deus quisesse trocar
O mundo todo em meu dom
Eu ainda não trocava
Porque cantar é tão bom

Poesia é meiga e pura
Mais doce do que geléia
Sou um aluno de Deus
E amigo da platéia
Eu sou humilde mais tenho
Assunto sonho e idéia

Sou menestrel sou aedo
Sou um poeta sou vate
Minha poesia é pura
Contem o melhor quilate
Sou um herói sou guerreiro
Que não foge do combate

Suo compositor sou musico
Sou bardo sou um cantor
Sou escritor da natura
E como sou trovador
Nada faço para mim
Sim pra louvar o senhor

A minha imaginação
É como um computador
Seu quiser faço um desenho
E pinto com qualquer cor
Por que Deus mim fez poeta
Desenhista e bom pintor

Eu também suo escultor
Sei esculpir e talhar
Sou pedreiro e escritor
E gosto de trabalhar
E sou até um cantor
Quando eu quero cantar

Na cultura popular
Aprendi fazer repente
Tem muita gente que diz
Você é inteligente
Quem sabe um pouco de tudo
Então é polivalente

Outro diz que minha mente
É uma fonte que cria
O meu desenho parece
Com a minha poesia
E a pintura do verso
Vou fazendo todo dia

O poeta é detetive
Curioso e jornalista
Pensa pra poder fazer
Canta toca e é repentista
Não tem artista maior
O poeta é maior artista

Se o carro sair da pista
Ele ou o motorista é ruim
Poeta não sai da métrica
Deus fez o poeta assim
Pra andar na linha reta
Certo do principio ao fim

Através da poesia
O poeta faz novela
Filme e escreve romance
De uma forma muito bela
Só sábio entende o poeta
O que ele faz Deus revela

O poeta escuta e fala
É muito meditabundo
Inspira e é inspirado
Por ele ser tão profundo
Quem é poeta não vive
Muito tempo aqui no mundo

O poeta é oriundo
Confunde os homens ateus
Quem ver sua inspiração
E os lindos versos seus
Passa acreditar no céu
E começa chamar por Deus

Ele estar perto de Deus
Mesmo o céu sendo distante
Faz do improviso um carro
E passa a ser viajante
Através do pensamento
Anda o mundo no instante

O poeta é um amante
Ele conhece o amor
É Dublê e cineasta
Ator e um grande autor
Mesmo que quem tenha inveja
Não conheça o seu valor

O poeta é locutor
Interprete musico e palhaço
Mesmo que a mídia se esconda
Sem querer lhe dá espaço
O inteligente sabe
Que ele vai passo a passo

O poeta é um pedreiro
Arquiteto e tem talento
É construtor que faz prédio
Edifício e monumento
No alicerce da rima
Com a planta do pensamento

Se você está doente
De amor e de paixão
Venha e fale com o poeta
Que vai saber com razão
Que ele é o Psicólogo
Da mente do coração

Sem precisar de lição
Seja o grande ou o miúdo
Ele faz do pouco muito
Multiplica conteúdo
Um homem simples e humilde
Mais sabe um pouco de tudo

Apenas disse um pouquinho
Do que você quer saber
Espero que este pouco
Der pra você entender
Que o poeta é tanta coisa
Que eu não sei nem dizer

Poeta é advogado
Que defende a natureza
É um juiz sem justiça
E sem força pra defesa
Por isso é que o Brasil
Ta cheio de safadeza

Poeta não é um índio
Mais sente o que o índio sente
Porque poeta se inspira
Olhando o meio ambiente
É aluno da natureza
A professora da gente

Poeta é inteligente
Todo sábio dele é fã
Ele é especialista
Estuda hoje e amanhã
Chama o pássaro de colega
E a árvore de irmã

Poeta sabe escutar
A voz linda do trovão
E ele diz que é Deus
Dando uma grande lição
A um ensina viver
E noutro passa carão

O poeta tem noção
E gosta de passear
Vive mandando recado
Das águas do rio pro mar
Por ser um artista nato
Tem o mesmo linguajar

Ele sabe até chorar
Mais só gosta de sorrir
Um quer lhe é elogiar
Outro quer diminuir
Mas o poeta nem liga
Sabe que vai conseguir

Ate-nos que despontaram
E nasceram para a luta
Ta nos lábios da donzela
No doce que tem na fruta
Naquele que goza a vida
Delicia-se e desfruta

Poeta é estrategista
Especialista em beijo
Sabe se realizar
E sabe matar desejo
Esperteza de poeta
Em outro homem eu não vejo

Poesia esta no homem
Sábio que busca o estudo
Na cobra de corpo liso
E no preá cabeludo
Não falta esta, mas em nada.
Vejo poesia em tudo

Poesia esta na mãe
Que sente uma grande dor
Sujeita a morrer no parto
Para provar seu amor
Inda tem filho ruim
Que não quer lhe dar valor

Poesia esta na haste
No caule e tronco da planta
No quadro da natureza
Que retrata a musa santa
Nos sons das nossas violas
E nos versos que a gente canta

Poesia esta também
Na brisa quando flutua
Nos reflexos doa estrelas
No brilho lindo da lua
E no apito do guarda
Que deixa o eco na rua

Poesia esta nas obras
Boas que são construídas
Nas ovelhas encontradas
E nas que estão perdidas
E até no oxigênio
Que é indispensável à vida

Poesia esta na glosa
No vate e na emissora
No estudo do aluno
No saber dar professora
E no menino Jesus
Que nasceu na manjedoura

Poesia esta na greve
Do professor na escala
No rico que tem de tudo
No pobre que pede esmola
No mensageiro da rima
Quando pega na viola

Poesia esta na torre
Construída em babel
Na coragem de Abraão
Na espada de Miguel
E no néctar açucarada
Que abelha produz o mel



Biografía:
Raimundo Nonato da Silva

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