A SÓSSair não animo
O frio, deprimo
Prefiro mesmo
O cobertor mal passado
A porta fechada
A luz apagada
Tua roupa rasgada
E você ao meu lado.
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VANGUARDAO que te fizeram, pessoa?
Ah! Não te fizeram pessoa...
Por que você não se torna pessoa?
Ah! Porque ninguém deixa...
Aos olhos mais atentos você é madeira,
Aos olhos da frieza
Você é invisível, é nada
Apenas mero nada lutando para existir.
Lute,
Continue,
Eu sei e tu sabes que és pessoa.
Não se aflija, não se curve diante dos maus
Vista a armadura e vá à guerra.
Empunhe a lâmina em nome da tua vida
E descobrirá que de mero nada
Tornou-se herói dos seus descendentes.
E contará a tua história
Para ouvintes sonhadores
Que almejam liberdade e amores
A história,
De como é doce a vitória
Ao jorrar o sangue coagulado da injustiça.
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UMA PEDRA NO PÁRA BRISA Durante uma hora,
Não mais que uma hora...
Vejo rostos no céu:
Uns tristes,
Outros apavorados,
Outros satisfeitos e outros
Ainda tristes.
Vejo ainda no céu:
Sangue jorrando,
Anjos voando,
Flechas flechando jacarés na lagoa.
Aquilo não eram borboletas pretas.
Eram cinzas de fogueira ao vento,
Lá em cima.
Tudo eu vi,
Numa tarde,
Numa viagem,
Por mero acaso,
Na festa do ocaso.
biografia:
Hellen Ferreira Aguiar e Ferraz, que se identifica através do nome Melpomene Tragoediae, nasceu em 08.10.1991 em Jacinto - MG - Brasil. Escreve poemas desde criança e também contos desde sua adolescência. A cada dia aprimora e amadurece mais seu jeito de escrever e seu amor por poesia.
Em breve publicará seu primeiro livro de poemas, o qual o nome ainda não foi revelado.
melpomene.tragoediae@gmail.com