INCISÃO
Abre-se,
No vértice do íntimo
Escorre,percorre
Lacera o que se rasga ao fundo
O dispêndio da chuva de simulacros
Vertendo o passado êxule
Ao istmo do valo profundo
Não emancipa a salva da cauterização
Sem a chance de sedar a dor
Regressa em lágrimas vazadas no presente
Calcada pelo gume da paixão
Entranhada na pele sem ressalvas
Vera-efígie da rasura defintiva do tempo
A cicatriz brumada sem disfarces
Da vesania de algum isntante
MIMESIS
Transcender-te,
Tragados por um único e mesmo mundo
No bojo dos teus possíveis
A tudo que nos contenham
Que nos deixam extremados
Na plenitude do que se é
Nossa assunção descoberta
Assumidos,assumantes
Aberrantes de nós.......
INTERMITÊNCIAS
Volvem
Revezam-se
Os lêmures da soldião
A companhia surda
Sem a merecida reverência
Ao risco da acedia
Os verbos progressivos
Do lôdo da agonia........
biografia:
Vilma Belfort
É membro efetivo da APOLO - Academia de Artes e Letras da cidade de Poções/Bahia,inscrita na UBE - União Brasileira dos Escritores,pertence à REBRA -
Rede de Escritoras Brasileiras.Participou de várias Antologias em v[arias cidades do Brasil e na França.Prepara seu segundo livro solo de poesias,Kardia:Poemas de Paixão.É advogada,natural do Rio de Janeiro.
vilmabelfort@terra.com.br